coming of age - mais um ano, mais uma lista de textos que podem trazer um pouco mais do mundo lá fora, nessa ultima semana do ano. nem sempre corretos, nem sempre alinhados, mas certamente com algo a mais para pensar.
e desta vez, separado em categorias.
ps: foi um ano tão movimentado na procura por Satoshi Nakamoto que Carmen Sandiego ficaria com inveja. como não houve nenhuma conclusão, escolhi por não indicar nenhum texto aqui.
o que não significa, obviamente, que o assunto seja menos interessante.
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Se tiver que escolher apenas um para ler
(MEDIUM) Para Quando Eu Me For
Tecnologia
(WIRED) The Untold Story of Silk Road ( Parte 1, Parte 2)
(POLYGON) How Double Fine, Disney, LucasArts and Sony Ressurrected Grim Fandango
(ROLLING STONE) Cicada: Solving The Web´s Deepest Mystery
(BUSINESS INSIDER) The Untold Story Of Larry Page's Incredible Comeback
Tecnologia & Segurança
(NYTIMES) The Agency, um escritório de trolls russos.
(ARS TECHNICA) How "Omnipotent" Hackers Tied to NSA Hid For 14 Years - And Were Found At Least
(THE VERGE) Anatomy of a Hack
(XATO) A Glimpse Into the World of Internet Password Dumps
Tecnologia & Sociedade
(FUSION) The Life, Death and Rebirth of Blackberry's Hometown
(NYTIMES) How One Stupid Tweet Ruined Justine Sacco's Life
(NEW YORKER) The Man Who Broke The Music Business
(BUZZFEED) The Mystery of Leah Palmer, um texto sobre catfish.
Sociedade
(THE VERGE) The Code: A Declassified and Unbelievable Story Hostage Rescue Story
(DCM) O Perfil de Marco Archer, o brasileiro que foi executado na Indonésia.
(VICE) The Brazilian Town Where the American Confederacy Lives On
(WILSON QUARTERLY) Secondhand Stories in a Rusting Steel City
(MEDIUM) Eat, Pray, Roll, sobre drogas e growing up.
(GQ) Dear Leader Dreams of Sushi, um relato do chef pessoal do ditador da Coréia do Norte.
(RISCAFACA) Um Trenzinho de Doido, o exótico mundo dos trenzinhos de Ribeirão Preto;
(VOX) One More Case Against Tipping, sobre gorjeta e sua relação com pobreza, racismo e outros nos EUA.
Other
(VICE) Banksy Comprou A Casa Da Minha Familia
(WEEKLY STANDARD) The Last 24 Notes, um mergulho no mundo de Taps.
i ain't got no heart - eu sei, durante o ano você não teve tempo para nada.
mas, aqui estamos, na iminência da semana mais ociosa do ano -- aquela entre o natal e o ano novo -- e talvez você queira um bom material para ler sem se comprometer com um livro.
OK. ainda recomendo os livros, mas entendo.
seguem então algumas boas recomendações abaixo do que vi em 2014. são reportagens um pouco mais compridas, e tão interessantes quanto. espero que curtam, e bom ano!
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(MEDIUM) Putin Believes He Can Win a War with NATO, Piontkovsky Says
(SLATE) Grandmaster Clash - One of the most amazing feats in chess history just happened, and no one noticed
(MENTALFLOSS) Chasing the Cicada: Exploring the Darkest Corridors of the Internet
(WIRED) Finding a Video Poker Bug Made These Guys Rich — Then Vegas Made Them Pay
(GQ) The Great Paper Caper - How Frank Bourassa became the most prolific counterfeiter in American history
(ROLLINGSTONE) The WikiLeaks Mole - How a teenage misfit became the keeper of Julian Assange's deepest secrets - only to betray him
(WIRED) How the NSA Almost Killed the Internet
(THEWILLYREPORT) Proof of massive fraudulent trading activity at Mt. Gox, and how it has affected the price of Bitcoin
(NYTIMES) My Travels With the Curse of Maracanã
(NYTIMES) The Brazilian Bus Magnate Who’s Buying Up All the World’s Vinyl Records
(CRACKED) 5 Amazing Things Invented by Donald Duck (Seriously)
(NYTIMES) The Knowledge, London’s Legendary Taxi-Driver Test, Puts Up a Fight in the Age of GPS
(GRANTLAND) The Sea of Crisis - A Sumo wrestling tournament. A Failed coup ending in seppuku. A search for a forgotten men.
(WIRED) How 4 Mexican Immigrant Kids and Their Cheap Robot Beat MIT
(SBNATION) A eulogy for RadioShack, the panicked and half-dead retail empire
(MEDIUM) Playing with my son - An experiment in forced nostalgia and questionable parenting
(BUZZFEED) The Benghazi That Wasn’t: How One Man Saved The American Embassy In Yemen
e, por fim, a trilogia Bill Murray:
1) (ROLLINGSTONE) Being Bill Murray
2) (THOUGHTCATALOG) 12 Insane Things That Happened On My Night Out With Bill Murray
3) (DEADSPIN) What I Learned From Three Days Of Watching Baseball With Bill Murray
é que eu também passei por esses maus bocados! Padre, eu pequei.
Explico.
Tudo começou em 95, naquela final de brasileiro, Santos x Botafogo, Giovanni x Tulio. Aquele jogo apertado e aguerrido (de final triste, mas que moldou minha moral) trouxe, em algumas palavras do meu pai, um mundo que ainda era desconhecido para mim, o das superstições (embora ele, por si só, não seja nem supersticioso nem fanático por futebol): "essa sua nova camisa não deu sorte".
O futebol brasileiro, assim como qualquer religião do mundo, possui mandamentos. Você não sabe porque, você não entende porque, mas você segue e, não apenas isso, ainda torce o nariz e condena quando alguém não segue (provarei meu ponto mais a frente). Certamente você já viu ou ouviu alguma delas:
1) Não usarás camisa nova em jogo importante;
2) Não gritarás gol antes do gol;
3) Não sairás do estádio antes do fim do jogo em circunstância alguma;
4) Não irás ao banheiro no meio do jogo.
Corta para 2014. Argentina x Alemanha, final da Copa, estadio do Maracanã.
Não bastassem 10 gols tomados pelo Brasil nos últimos 2 jogos (7 destes de um time que estava a minha frente), estava diante de um clássico do futebol mundial que não só não tinha a minha seleção, como mexia com os meus brios de uma maneira que pensei que nunca fosse acontecer. Não tinha unha ou cerveja que segurasse a tensão. E da-lhe gol anulado, da-lhe pressão, e nada. E passa primeiro tempo, e passa intervalo, e mais pressão.
Aliás, pressão era a palavra do momento. 5min do 2o tempo, 10min, 15min... Olho pro lado, olho pro outro, olho pra baixo... Pensei, refuguei, pensei de novo...
E, foi aí, Padre, que pequei. "Pessoal, vou no banheiro".
Eu tinha o peso do mundo em minhas costas. Seria eu, depois de tantas tristezas recentes, aquele que faria o Messi levar a copa pra casa? Pior que traidor, um X9 consciente?
Sentei.
E fiquei pensando no mundo, na vida, no que eu tinha acabado de fazer.
Dane-se. Já estava na privada mesmo, então vamos até o fim com isso. E fiquei pensando na vida, no efeito borboleta, nas eleições, em quem devia estar jogando um bolão lá fora, e pouco a pouco um barulho de spray ficava cada vez mais próximo, e próximo... Ou estava delirando?
Pensei: "deve ser alguma benção, uma agua santa para redimir minha traição".
Como fui ingênuo, Padre. Era um desodorizador. De limão. Jogado por cima das cabines.
Saindo de lá, primeira pergunta pro primeiro desorientado que encontrei:
"quanto esta o jogo?"
"acho que ainda ta a mesma coisa, um a zero pra argentina, não?"
Nao fode, nao fode, nao fode. Era o destino acertando as contas, embora de maneira sorrateira, porque logo descobri que não era verdade. Voltei pro jogo mais tenso que antes, e o cheiro de limão velho estava lá, para me lembrar a cada fungada que eu tinha algo pendente com o destino.
Fim do jogo. E nada.
Sera que eu era mesmo o culpado por isso tudo? Será possível que nenhum, NENHUM argentino teve dor de barriga? Afinal, quando esse tipo de coisa acontece (qual a frequência?), voce se acha o merda do universo, mas esquece que tem 7bi de pessoas do seu lado e que a estatística esta do seu lado.
Prorrogação, e eu não volto. Fiquei lá na rampa (afinal, quebrar duas regras era demais) filosofando:
"Futebol é uma guerra. Como pode, em 2014, estarmos conscientemente defendendo algo onde claramente um dos lados será derrotado? Pior, não apenas 1, mas 31. Bom, ateu não pode ter time de futebol. Afinal, não existe nada mais irracional do que acreditar e defender um time de futebol, sobre o qual não se tem controle e tem mais chances de te deixar triste do que feliz. Deve ser isso o porque da porra toda do mundo não entrar em paz..."
... e ai veio um barulho do estadio.
Olhei pro corredor, torcedores alemães atônitos, olhando pra TV, sem reação, sem comemoração.
Chegou a hora de acertar as contas com o destino. Corri para perto deles, e vi uma bola entrando no gol... da argentina. Pulos de alegria alemães.
Moral da história: televisões instaladas a 50m do evento ao vivo também tem lag.
and think of all the stories we could have told - De todas as discussões recentes, quem mais comemora é a língua portuguesa: nunca antes neste país (sic) um prefixo foi tão discutido e comentado. Apartidários e antipartidários, anotem aí -- boa pauta para as redações dos vestibulares deste ano.
Temos um histórico de perseguição política. Nesse contexto, devo admitir que essa discussão é válida sim, e agradeço a todos os amigos que me fizeram, enfim, relembrar que a liberdade partidária é necessária, independente da sua bandeira. É notável, contudo, que uma mensagem simples e que está na cara de todo mundo, mas que, entre esquerdas e direitas, poucos comentem:
1) O povo é apartidário: de acordo com dados do fim de 2012, 15 milhões de brasileiros são filiados, ou seja, menos de 10% da população é representada oficialmente por um partido. ( TSE, filiados)
2) O povo está sobre-representado: de todos os filiados, 2/3 são representados por 7 partidos (PMDB, PT, PP, PSDB, PDT e DEM) dentre os 29 partidos existentes no Brasil, e isso sem contar os outros 20 que estão em processo de criação ( TSE, Partidos Políticos, TSE, Partidos em Formação)
3) A direita é quase insignificante no Brasil: dos 29 partidos que temos, apenas 4 (PP, DEM e os menores PSC e PR) são "de direita". Nada menos do que 18 partidos estão centralizados (com ou sem tendência) e outros 7 se declaram de esquerda. (Será que alguém viu alguma bandeira destes partidos por aí?)
4) A esquerda é quase insignificante: 5 dos 7 partidos de esquerda estão entre os seis menores partidos do Brasil. (Adivinhem se as bandeiras dos partidos que foram impedidas de flamular estão neste grupo...)
Em resumo, o Brasil é um grande não-caga-nem-sai-da-moita político. Joaquim Barbosa resumiu bem isso.
Devemos, sim, respeitar a diversidade política; devemos tomar cuidado, sim, com o poder da mídia em apresentar as notícias da forma que melhor lhes convém; mas, deixando a perseguição de lado e lançando a dúvida que me incomoda: como que o povo pode se posicionar contra um instrumento que não é mais reconhecido pelo próprio povo como movimento de reforma?
Fica como dica a entrevista de Lindbergh Farias, ex-líder dos caras pintadas. A propósito, senador pelo PT…
hold your horses now - Menos de 24 horas depois, o contexto já mudou. Já ficou claro que (1) o objetivo do MPL não é abraçar o mundo e todas as suas vontades, mas sim os 20 centavos e apenas os 20 centavos; e (2) parte do povo que foi pra rua segunda já descobriu que não quer ser mais representado apenas pelo movimento que foi pra rua terça, porque quer o resto dos 20 centavos.
Como já comentei antes, o grande trunfo do da manifestação de segunda (unir o povo) era também sua maior fraqueza (se o MPL sabia, a maior parte do povo não sabia pelo que estava na rua). A partir de agora, com o surgimento de novos movimentos, o que era fraqueza vira trunfo, e vice-versa.
As implicações são várias, mas tome por exemplo a lista de objetivos publicada pelo Anonymous: (1) Não à PEC 37; (2) Saída imediata de Renan Calheiros; (3) Investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa, pela PF e pelo MP; (4) Lei que torne corrupção no congresso crime hediondo; (5) Fim do foro privilegiado. Uma boa lista para começar, sem dúvida, mas não são bandeiras que solucionam de maneira direta os problemas primordiais das classes mais necessitadas.
É agora que os objetivos começam a se cruzar. Resta saber em quais objetivos o povo realmente acredita, e acha que deve priorizar; no quanto a população está disposta a não desistir e continuar indo para a rua, dia após dia; em equilibrar os movimentos para não pulverizar a inércia quebrada até agora; e, acreditem ou não, no quanto estes movimentos trocarão "fogo amigo" devido à guerra de egos de dois (ou mais) grupos distintos.
Só espero que o povo - sem divisão - perceba que realmente se juntar é a única conta em que um mais um dá três.
love is our resistance - Prometi que não comentaria nada até ir a uma das manifestações e ver, com meus próprios olhos, para tirar uma opinião. Dito e feito.
A despeito do que aconteceu em outras cidades, gostei muito do que vi em SP. É bom ver o povo descobrindo que tem poder -- afinal, quem estava nas ruas em sua grande maioria não participou nem dos caras pintadas -- e pode mostrar isso se desvencilhando (como possível) da imagem inicial de baderneiros, bagunceiros e, melhor ainda, de vínculos partidários - tanto os grandes e travados, como os pequenos de fracas ideologias.
Apoio e continuarei apoiando. Entretanto, no final das contas, foi um amigo do Salgado que nem estava aqui que resumiu a maior parte do que tenho na mente. Reproduzo aqui o comentário:
"(...) Realmente fiquei feliz em ver que tanta gente realmente saiu as ruas pelos seus direitos, independente de partidos e classes sociais. Quando percebi que as manifestações não eram pelos 20 centavos e sim por toda a palhaçada que ocorre no país, as atitudes começaram a fazer sentido para mim.
Mas é ai que começa o meu "medo". Se os protestos não são mais pelo aumento da passagem, são contra o que? O que estamos reivindicando? Sim, são condições melhores em todas as áreas, mas o que vai nos levar a parar as manifestações? Antes tinha eleições diretas, impeachment, e hoje? Qual o objetivo pontual? O meu medo é que, caso as tarifas recuem (o que eu acho improvável), as manifestações irão acabar, como os próprios "organizadores" já disseram. E aí, o que vem depois? Nada. Continua tudo igual. A solução desse problema? Não sei, talvez parar de pedir pelo recuo das taxas e passar a exigir pontos politicamente relevantes, como a "anulação" da PEC 37, ou leis mais rígidas contra corrupção, não sei.
O meu medo é que o gigante tenha acordado, vá no banheiro e volte a dormir."
big jet plane - as a big fan of puzzles, I gotta say that I was quite eager to get The Curse since it was announced earlier this year. not because I expected to find some different puzzles, as the first idea that comes to mind when you check the app's screenshots is Professor Layton, but because it is always good to have a good collection of classic puzzles wrapped up in a nice story -- which is definitely the case.
getting all the way to the end of the game might be a too long journey for some people, though. personally, 100+ puzzles for U$0,99 (at the beginning of its sale) is a steal; yet, it might be kind of heavy (for both regular and non-regular puzzle player) to go through all the game if you are faced with
1) timed/reflex puzzles, which seem to me a test of dexterity rather than logic;
2) repeated puzzles, as it might be a pain to those who does not like a special kind of puzzle (that's me and sliding blocks and tangram, which make up to ~15% of game).
that said, there is still lots to see in the game, and it feels great to find a puzzle that looks impossible at first, but you can rationally figure your way out of it. that's what happened to me and "Puzzle #90, Circular Picture", which I'll explain how to solve it over the next lines.
this is neither a great programming piece, nor a miraculous hard math problem (i loved seeing people solving sliding blocks with other programming pieces :); yet, if you didn't figure it out for yourself you might find the explanation interesting!
(should you just need the answer, I provide an excel file at the end of the post. it is 2MB, but gets up to 10MB when unzipped)
Puzzle #90, Circular Picture
composed of 1 central fixed circle and 3 rings around it, your task is to rotate the rings in such an order to make mannequin's (the game's main character) face correct. this was supposed to be easy, should the rotation of any of them did not affect the rotation of the other two... getting this puzzle solved without some thinking takes a considerable amount of luck, if you're not aware of its mechanics. there are some details of it, though, that once known make it easily breakable (a lot easier than programming answers for sliding blocks, for instance) if you know some math and have some free time.
defining the puzzle with words would probably sound like: "considering the inicial position of each of the three rings, how many times should I turn each of them in order to put them in the correct position, considering that they affect each other?"
should we write it with some math (I'll try to be as clear as possible - I'm not a professional, sorry), things will look a bit different, but also will show us where to look for the solution.
considering the functions:
I(x) - inicial position of ring x
N(x) - # of turns made directly to ring x
E(x,y) - # of indirect turns on ring x due to turns made directly on ring y
F(x) - final position of ring x
therefore, our first attempt on defining the problem is:
I(1) + N(1) + N(2)*E(1,2) + N(3)*E(1,3) = F(1)
I(2) + N(1)*E(2,1) + N(2) + N(3)*E(2,3) = F(2)
I(3) + N(1)*E(3,1) + N(2)*E(3,2) + N(3) = F(3)
let's start understanding the influence between rings - E(x,y). some quick tests on the puzzle will make you notice that, for example, if you turn the rings one space forward and then back, the image will remain the same, so the influence of moving them clockwise or counterclockwise is symmetric. from that, we can then determine that, for every normal rotation move, the other two rings always move 2 or 3 spaces in the opposite position. jayisgames' walkthrough is quite straight-forward on that (let's consider ring 1 to be the inner ring, ring 2 to be the middle one and ring 3, the outer ring)
Moving Ring 1 one space also turns Ring 2 three spaces in the opposite direction and Ring 3 two spaces in the opposite direction.
Moving Ring 2 turns Ring 1 two spaces in the opposite direction and Ring 3 three spaces in the opposite direction.
Moving Ring 3 turns Ring 1 three spaces in the opposite direction and Ring 2 two spaces in the opposite direction.
but how does that work in our solution space? how many positions are possible for every ring to be and how to define each possible position? though it may not look, there are 36 possible positions for each ring (which in theory would make possible for the puzzle to have 46656 different positions, but 1) it is actually less than it due to the relation between the rings and 2) is the kind of info that definitely doesn't help us solving the puzzle).
from this, we are now capable of defining 1) what is the inicial position and 2) what must be the final position of each ring by creating some kind of coordinate system. we can use any kind of reference but, for the sake of making it easier for us, let's use the space where the neck of mannequin should be at the end as reference (F, in our equations) and call it 0 for all positions; all the other positions will then be numbered clockwise based on the zero, being 35 the last position before it turns to 0 once again.
Our reference system
the particularity of solving a circular puzzle makes us add something to our initial math definition. since after 35 comes 0, we must include a math system called modulus, so we can adapt our problem for numbers to "wrap around" upon reaching a certain number -- that is, 36.
the last thing missing is the initial position of the rings in the puzzle. move each of the rings all the way to their supposed final (~ correct) position and count how many spaces you moved it all the way back to their initial position. on our example, I(1) = 20, I(2) = 24 and I(3) = 24.
a good way to check if you have picked correctly the initial position of the rings is to sum all three positions - if it is a multiple of 4 (*), good news; if it isn't, check again if you put the ring exactly back at the initial position, if you went all the way to the correct position or if you counted correctly on the way of doing it
notice that this is actually the ONLY real input you need in order to solve the problem (and to use the excel file I made), so use this pictutre (once again from jayisgames) to check what it should look like at the end.
by now, our equations have become:
mod36 ( 20 + N(1) + N(2)*(-3) + N(3)*(-2) ) = 0
mod36 ( 24 + N(1)*(-2) + N(2) + N(3)*(-3) ) = 0
mod36 ( 24 + N(1)*(-3) + N(2)*(-2) + N(3) ) = 0
should we just change notation to make things clearer and use N(1) = x, N(2) = y and N(3) = z...
mod36 ( 20 + x - 3y - 2z ) = 0
mod36 ( 24 - 2x + y - 3z ) = 0
mod36 ( 24 - 3x - 2y + z ) = 0
and we are now down to system with three variables and three independent equations that can be solved for natural numbers. should you want to solve the problem for yourself from now on, just change the initial positions (20, 24, 24) on those equations and go for it. you can follow lots of different paths!
I chose to go for a brute force method -- detailing every possible combination of moves of all the rings, that means, the combination of moving ring 1, 2 and 3, from 1 to 18 times, in both directions. feel free to use this excel file (sorry, could not find another working file sharing service that required no sign up) if you like -- just input the initial position of the rings as described above, and it will provide you the shortest number of turns required (and direction) to solve the puzzle.
(*) this is an easy, but "cute" finding -- the sum of the position of the three rings is 0+0+0 = 0, and every move adds 1 move in one direction and 5 (-2 on one ring and -3 on the other) in the opposite direction, then we get that any change to the puzzle will make the sum of the positions of the rings to be a multiple of 4.
gpf, by billy. |