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e meio.

quinta-feira, junho 27, 2013

and think of all the stories we could have told - De todas as discussões recentes, quem mais comemora é a língua portuguesa: nunca antes neste país (sic) um prefixo foi tão discutido e comentado. Apartidários e antipartidários, anotem aí -- boa pauta para as redações dos vestibulares deste ano.

Temos um histórico de perseguição política. Nesse contexto, devo admitir que essa discussão é válida sim, e agradeço a todos os amigos que me fizeram, enfim, relembrar que a liberdade partidária é necessária, independente da sua bandeira. É notável, contudo, que uma mensagem simples e que está na cara de todo mundo, mas que, entre esquerdas e direitas, poucos comentem:

1) O povo é apartidário: de acordo com dados do fim de 2012, 15 milhões de brasileiros são filiados, ou seja, menos de 10% da população é representada oficialmente por um partido. (TSE, filiados)
2) O povo está sobre-representado: de todos os filiados, 2/3 são representados por 7 partidos (PMDB, PT, PP, PSDB, PDT e DEM) dentre os 29 partidos existentes no Brasil, e isso sem contar os outros 20 que estão em processo de criação (TSE, Partidos Políticos, TSE, Partidos em Formação)
3) A direita é quase insignificante no Brasil: dos 29 partidos que temos, apenas 4 (PP, DEM e os menores PSC e PR) são "de direita". Nada menos do que 18 partidos estão centralizados (com ou sem tendência) e outros 7 se declaram de esquerda. (Será que alguém viu alguma bandeira destes partidos por aí?)
4) A esquerda é quase insignificante: 5 dos 7 partidos de esquerda estão entre os seis menores partidos do Brasil. (Adivinhem se as bandeiras dos partidos que foram impedidas de flamular estão neste grupo...)

Em resumo, o Brasil é um grande não-caga-nem-sai-da-moita político. Joaquim Barbosa resumiu bem isso.

Devemos, sim, respeitar a diversidade política; devemos tomar cuidado, sim, com o poder da mídia em apresentar as notícias da forma que melhor lhes convém; mas, deixando a perseguição de lado e lançando a dúvida que me incomoda: como que o povo pode se posicionar contra um instrumento que não é mais reconhecido pelo próprio povo como movimento de reforma?

Fica como dica a entrevista de Lindbergh Farias, ex-líder dos caras pintadas. A propósito, senador pelo PT…

1:59 PM.

 

 

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