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seis_ one foot in the gas. viajantes em geral costumam conhecer, mas é ideal que voces sejam apresentados ao Couchsurfing - www.couchsurfing.com. é como se fosse um orkut, só que de viajantes. a grande diferença é que voce coloca a disposição (se quiser) o sofá ou uma cama da sua casa, para que as pessoas possam 1) dormir num lugar tipico da regiao que estao viajando, 2) conhecer uma cultura da regiao e 3) obviamente, economizar dinheiro. dispostos a viajar da maneira mais economica possivel pelo velho continente, pulamos nessa.
a minha sincera opinião é que o sistema só funciona porque ainda nao foi invadido por brasileiros. o sistema de segurança é baseado num profundo questionário a ser respondido assim que voce entra no site, e nos consequentes reviews que voce faz sobre as pessoas que conhece, visitando-as ou que a visitam. em principio, as coisas devem ser mais difíceis, uma vez que voce nao possui recomendações. mas, assim que as coisas começam a correr, tudo fica melhor e mais fácil.
e até agora tivemos dois visitantes: um brasileiro e um canadense. estão previstos que passem aqui em casa também uma francesa e uma hungara. so far, so good. como será que vão ser os nossos passos por outros paises? :)
teve um final de semana desses no qual ia rolar um encontro de couchsurfers de portugal. foi em Louzã, que é bem pro norte, mas acabei ficando pela região porque queríamos prestigiar a Festa do Cavalo de Portugal, em Golegã, uma cidade pequena entre Lisboa e Tomar. Depois de uma hora de trem, chegamos... no meio do nada. Olhamos pra um lado, olhamos pro outro, um baita frio, um clarão ao fundo... quando passa uma caminhonete (camioneta, para os tugas). "boléia pra golegã?"
vambora! e depois de muito frio na cara, com 20 pessoas na caminhonete - praticamente um rebanho de boi - chegamos em golegã. lá, muita gente bem arrumada, cavalos andando por todo o lugar, competições de cavalobol (sei lá o nome daquele esporte! é uma mistura de polo com handball) e, é claro, bastante comida, bebida e festas. acabamos por rodar a madrugada lá (o trem só passava as seis) e, na hora de voltar pra estação, demoramos apenas DUAS HORAS para pegar um taxi. de acordo com o motorista que a gente pegou, naquela hora haviam SEIS taxistas cobrindo a região. aliás, isso é bem comum aqui em Lisboa, ter dificuldade para pegar taxi na saida das festas, e tal. taxista aqui realmente nao quer saber de ganhar dinheiro.
academicamente, rolaram tres coisas. teve o Encontro Nacional de Risco, Fiabilidade e sei lá o que. era extremamente relacionado com a primeira iniciação que fiz na faculdade, mas eu tinha achado o assunto tão mal explicado que... sei lá. fui em uma palestra e olhe lá. (o coffee-break era muito bom, though)
houveram também as visitas ao EarthRace - trimarã ecológico que em março tentará bater o recorde de velocidade na circunavegação do planeta - e ao HMS Ark Royal - um dos dois porta-aviões britanicos que, apesar de não estar aberto para visitação, recebeu-nos devido ao fato de sermos estudantes de engenharia naval. fotos em breve. (a guria que tá com todas as nossas fotos daqui de portugal foi viajar pro ano! XP)
e pra finalizar, achamos um gostinho de brasil em terras lusas. tem uma rede de restaurantes chamada Chimarrão com, enfim, feijão preto. a proposta deles de churrasco é meio miada (e depois acabamos por descobrir que nem é tão dificil assim achar restaurantes brasileiros por aqui), mas quando se trata de matar as saudades da comida de casa, dá pra enganar - de vez em quando. ainda sinto falta da comida da dinda e da dona bernadete.
cinco_ todos juntos, vamos... pouco a pouco, apos um mes de portugal e como ja havia adiantado a voces, estamos caindo na rotina. minha ultima experiencia em termos de independencia foi passar roupas - o que admito ser uma nova na minha vida e, pelo que minha parca lembranca diz, uma das ultimas de independencia, pois até resistencia de chuveiro já troquei, ainda no Brasil. falta muito para ser aquele paizao que tira o sábado para pregar quadro na parede e consertar a geladeira com durepoxi, mas... vamos pouco a pouco.
o computador nao durou. ou melhor, durou, uma semana. ele foi prontamente devolvido na loja em que foi comprado, apos uma semana (até 14 dias, a devolucao de qualquer aparelho eletronico aqui em portugal é garantida e sem necessidade de explicacao). tomei um chá de cadeira mas, enfim, fui ressarcido. gostaria de agradecer à Worten pela uma semana de computador grátis, por me mostrar que o Windows Vista è uma bosta e que, definitivamente, eu devo correr atrás de um MacBook - que já foi pedido e, gracas ao desconto educacional, sairá bem mais barato.
nesse meio tempo começou o horario de inverno (o que nos, burramente, chamamos de termino do horario de verao), visitei o oceanario de lisboa (gracas ao comentario da Yaso, que me pediu para conferir e se embasbacar com o peixe-lua de lá) e no mesmo dia comi uma feijoada. Sim, a necessidade bateu forte e, apesar dela estar muito gostosa, foi um ótimo aperitivo. esses tais europeus tem um estomago pequenininho que vou te contar...
começou tambem o campeonato interno de futsal do IST. nosso glorioso time, o PodeSer FM (uma corruptela a ser explicada pessoalmente para quem tiver interesse) estreou com vitoria, ao qual os resultados serao oportunamente colocados aqui, ainda que isso seja puramente inutil e desnecessario.
cheguei a conclusao que a TokStok, por mim, pode fechar as portas no Brasil. depois de entrar em uma IKEA, marca escandinava de moveis, acessorios para casa, objetos de escritorio TUDO o que se possa imaginar com design incrivel e precos acessiveis. vale praticamente uma visita de dia inteiro.
mas foi tambem época de algumas experiencias novas, ou seja:
1) as primeiras viagens a portugal aconteceram, ainda que dentro de um raio muito proximo de lisboa ainda, ou seja, mais Cascais e Sintra, uma cidadezinha que possui alguns castelos e palacios. Destaque especial para o castelo dos Mouros, construido no século IX bem no alto de um monte e que guarda uma vista maravilhosa da regiao. sei que ainda estou em débito com as fotos, mas... é um começo.
2) queijos. sim, eu, o pleno odiador de queijos diferentes, estou experimentando novas especies pouco a pouco. e odeio admitir que é bom!
3) rugby. na verdade, treinei apenas uma vez e marquei um try, o que foi bacana. mas o bebs acabou torcendo o joelho no meio do treino, tá meio baleado até agora e pelo jeito eu realmente nao nasci para esse negócio.
vivendo e nao aprendendo.
quatro e ½_ hard to explain.
1) as postagens estao um pouco defasadas sim, desculpem. está meio complicado de manter o nivel de atualizacoes. no entanto, tenho mantido um diário em papel tambem, que utilizo de referencia para este blog. portanto, pretendo cobrir todos os assuntos aqui assim que tiver disponibilidade.
2) sim, estao faltando as fotos. nao pretendo subir muitas - provavelmente apenas as mais significantes - para poder ter alguma coisa para mostrar quando eu voltar :) mas, ainda assim, tambem nao as organizei ainda. juro que em breve oganizo a situação.
3) movi todos os posts do billynaeuropa.blogspot.com (que será desativado) pra cá e, portanto, este deve ser o seu novo endereço para noticias minhas. nao há justificativa em manter dois blogs diferentes sendo que ambos sao sobre assuntos corriqueiros da minha vida.
4) refacam comentarios nos posts passados e comentem os proximos. estou com saudades de voces :)
quatro_ o palco era de espuma - agora somos cinco.
explico: eramos tres. aquele que vos fala, Bebs e Diegao, os tres navais de sao paulo. pouco antes de sair, acabamos angariando o carioquissimo Pedrao (nao podia deixar de ser flamenguista) e viramos quatro. quatro ficamos, até que a convivencia em lisboa acabou trazendo mais um carioca para o nosso caminho e, entao, ficamos cinco, com o Cayo.
alguns podem me perguntar: a casa de dois quartos fica pequena em cinco? fica. é complicado? um pouco. vai dar certo? nao sei. nossa geladeira de frigobar fica menor ainda? fica. precisamos priorizar as cervejas às lazanhas no congelador? evidente. e nosso chuveiro que nao funciona, funciona menos ainda? poizé. voces estao tomando banho na faculdade por causa disso? estamos.
inicialmente, eu era contra morar em quatro. nao que eu tenha alguma coisa com o Pedrao, muito pelo contrário. mas, acabou sendo decidido que assim seria e, por alguns (varios) momentos, pensei realmente em sair de casa pois, sem lavadora e sem chuveiro, em mais de tres, fica complicado. apesar de minha mae discordar completamente, sou uma pessoa extremamente metodica e organizada com aparatos pessoais e isso comeca a se tornar complicado em um ambiente populado. economia por economia, o Cayo se mostrou tao companheiro quanto os outros moradores de casa. e, devido sua situacao de morador em casa de familiares, acabamos por acolhe-lo aqui tambem.
isso porque, se tem uma licao que eu tirei da vida, depois de tres anos e meio morando em sampa, com mais de dez pessoas diferentes, e agora em portugal, com outras quatro, é que morar com outras pessoas é muito mais divertido.
mas, obviamente, todo ambiente tem um limite e nao sei até que ponto a casa vai aguentar.
nao temos brigas - pelo contrario, estamos todos sempre juntos para o que der e vier - nem estamos passando necessidade ou falta de dinheiro, mas acredito que em breve será a hora de discutir se vamos viver dez meses como acampamento, se as coisas vao se arrumar, se ligamos todos o "fouda-se", ou explodimos e recolhemos os restos.
familia, amigos, voce-quem-quer-que-seja: nao se preocupem. afinal, se um dia nos dissessem que crescer tem gosto de tutti-frutti, certamente estariamos ainda no escola-cinema-clube-televisao.
gpf, by billy. |
