gpfDOZE
e meio.

domingo, setembro 17, 2006

time is never time at all... - a relevância do comentário merece um post por si só.

no meu enterro, favor alguém lembrar de contratar uma banda (aceito ska, blues ou jazz). vou tentar deixar alguma reserva financeira para este caso, ainda que eu acredite que isso custará bastante a acontecer. obrigado.


[edit]: nevermind. thank you.

6:38 PM. [3] comentários

 

 

a can of beer and guitar noise! - quatro ponderações políticas e easy star all stars.

1) voto obrigatório - no final das contas, foi preciso dar apenas vinte anos para o povo brasileiro para, ao invés de lutar pela vontade de votar, lutar pela vontade de não votar. a verdade é que, ainda que isso crie muita discussão, as próximas eleições serão recheadas de votos nulos que, no mínimo, demonstrarão o descontentamento total do público pelo atual regime político.

a princípio, a situação não é tão perigosa assim pois, no fundo, brasileiro não deveria ser obrigado a votar mesmo (aliás, tem brasileiro que deveria ser obrigado a não votar). para mostrar descontentamento, basta verificar os níveis de ausência na urna. mas obviamente, comparar a europa com o Brasil é um erro crasso e criar a não-obrigatoriedade dos votos vai criar uma enxurrada de votos inventados que eu vou te contar. uma alternativa seria o voto não-secreto, assim como deveria ser feito no congresso.

2) serviço militar obrigatório - as forças armadas nunca vao abrir mão do seu pseudo-status de elitismo. é comum voce ouvir que quem não tem primeiro grau (as vezes segundo!) não é convocado para o serviço militar obrigatório. mais uma prova daquele pensamento ridículo brasileiro de que, pra ser alguém na vida, tem que fazer faculdade... seria talvez muito mais prático abrir inscrições para os interessados e selecioná-los, de forma a valorizar o serviço militar, os escolhidos e ganhar um soldado que dê muito mais garra pelo país do que escolher alguem à revelia. no final, quem for pica grossa se livra, mesmo...

3) pena de morte - ainda que o mundo levemente defenda a pena de morte, - e quem não defenderia, mediante alguns crimes? - não pode ser implantado no Brasil jamé. é só parar para pensar na quantidade de mortos por engano e/ou por influencia de alguém.

4) aposentadoria de politicos - oito anos de trabalho e voce pode se aposentar. nada a declarar.


e Easy Star All Stars, os caras que fizeram o cover em reggae/dub do Dark Side of The Moon, o clássico do Pink Floyd, lançaram faz pouco tempo o Radiodread, regravação do OK Computer, do Radiohead. mesmo para quem não gosta do estilo, a instrumentação dos caras (fora a idéia) é fenomenal e vale conferir.

6:31 PM. [1] comentários

 

 

segunda-feira, setembro 04, 2006

more than some old summer fling? - os provérbios, clichês tão clichês de nossa vida, são tão uteis quanto o apêndice, o rebobinador de cds e bicicletas para peixes. são apenas uma tentativa retrógrada de padronizar as condições e as situações que vivemos, com a mesma arrogância de alguém que tenta achar padrões no mercado de ações. alguns parecem até biblicos, no sentido de resguardar alguma particularidade pessoal, melhorar situações ruins, dar uma lição, não fazer sentido algum ou prover conforto - não que não existam ótimos perfumes nos menores frascos, mas enfim. é conveniente, no entanto, admitir que todos já recorremos a eles e, invariavelmente, gostamos (nem que de vez em quando) de brincar de 'eu já sabia'.

por isso que um sábado desses eu fui comer lá na cidade e, depois de muito sentado, reparei numa guria que entrou e com certeza me olhou ao chegar. nós sempre sabemos quando estamos sendo observados. e eu olhei pra ela, e ela sabia que eu tinha olhado pra ela. e ela sentou atrás de mim, ou porque eu poderia passar algum bilhete com o meu número de telefone (brilhante raciocínio que eu só tive depois de sair de lá!), ou por algum motivo que eu nao reparei.

no final das contas, eu me levantei para ir embora e olhei para ela, e ela olhou para mim. e, de mãos atadas, me lembrei de como há bastante tempo atrás meu pai fez um golpe de mestre quando, em uma cantina italiana, entregou seu numero de telefone ao garçom e pediu que este o redirecionasse à uma moça, sentada com os pais, depois de trocarem olhares (que até eu reparei, fico pensando nos pais dela). no entanto, até eu lembrar a história inteira eu já tinha olhado mais umas tres vezes pra ela e, sem reparar, tinha andado até a saída do restaurante. um verdadeiro idiota.

e fomos então para o estádio, fazer o tradicional programa de pai e filho de torcer juntos para seu time do coração. depois de tomer um gol e ver um único torcedor adversário comemorar, eis que, numa cobrança de falta qualquer durante um período de frio avassalador, solto: "ah, vai ser gol. não vou nem comemorar." ele cobrou e, num incrivel gesto do destino, a bola explodiu com tudo na barreira, indo totalmente para o lado oposto do gol.

foi então que o juiz anulou a cobrança, mandou voltar e, na segunda tentativa, a bola vai na gaveta. o santos empata e, mais pra frente, vira o jogo para cima do goiás. 2x1, placar final.

sorte no jogo, azar no amor...

10:35 PM. [0] comentários

 

 

gpf, by billy.