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e meio.

segunda-feira, setembro 04, 2006

more than some old summer fling? - os provérbios, clichês tão clichês de nossa vida, são tão uteis quanto o apêndice, o rebobinador de cds e bicicletas para peixes. são apenas uma tentativa retrógrada de padronizar as condições e as situações que vivemos, com a mesma arrogância de alguém que tenta achar padrões no mercado de ações. alguns parecem até biblicos, no sentido de resguardar alguma particularidade pessoal, melhorar situações ruins, dar uma lição, não fazer sentido algum ou prover conforto - não que não existam ótimos perfumes nos menores frascos, mas enfim. é conveniente, no entanto, admitir que todos já recorremos a eles e, invariavelmente, gostamos (nem que de vez em quando) de brincar de 'eu já sabia'.

por isso que um sábado desses eu fui comer lá na cidade e, depois de muito sentado, reparei numa guria que entrou e com certeza me olhou ao chegar. nós sempre sabemos quando estamos sendo observados. e eu olhei pra ela, e ela sabia que eu tinha olhado pra ela. e ela sentou atrás de mim, ou porque eu poderia passar algum bilhete com o meu número de telefone (brilhante raciocínio que eu só tive depois de sair de lá!), ou por algum motivo que eu nao reparei.

no final das contas, eu me levantei para ir embora e olhei para ela, e ela olhou para mim. e, de mãos atadas, me lembrei de como há bastante tempo atrás meu pai fez um golpe de mestre quando, em uma cantina italiana, entregou seu numero de telefone ao garçom e pediu que este o redirecionasse à uma moça, sentada com os pais, depois de trocarem olhares (que até eu reparei, fico pensando nos pais dela). no entanto, até eu lembrar a história inteira eu já tinha olhado mais umas tres vezes pra ela e, sem reparar, tinha andado até a saída do restaurante. um verdadeiro idiota.

e fomos então para o estádio, fazer o tradicional programa de pai e filho de torcer juntos para seu time do coração. depois de tomer um gol e ver um único torcedor adversário comemorar, eis que, numa cobrança de falta qualquer durante um período de frio avassalador, solto: "ah, vai ser gol. não vou nem comemorar." ele cobrou e, num incrivel gesto do destino, a bola explodiu com tudo na barreira, indo totalmente para o lado oposto do gol.

foi então que o juiz anulou a cobrança, mandou voltar e, na segunda tentativa, a bola vai na gaveta. o santos empata e, mais pra frente, vira o jogo para cima do goiás. 2x1, placar final.

sorte no jogo, azar no amor...

10:35 PM.

 

 

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