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e meio.

terça-feira, janeiro 24, 2006

a distant ship's smoke on the horizon - não percam, nesse post, como é a vida após a morte. juro que é sério. mas antes, um pequeno guia prático de como ir de Sorocaba a São Paulo pelas diversas estradas do estado.

[edit]: teu comentario foi bom demais, Bio! eu nunca tinha lido o meu primeiro post de novo. ainda bem que a gente cresce.

pela Castelo Branco: pegue a Raposo Tavares, entre na saída 91, siga a Castelinho e pegue a Castelo Branco na altura do km 72, seguindo então sentido São Paulo.

pela Raposo Tavares: pegue a Raposo Tavares, passe a saída 91, veja que a estrada só era bonitinha no perímetro urbano de Sorocaba, diminua para 60km/h porque tem um caminhão na tua frente, entre em Alumínio, saia de Alumínio (cidade de primeira porque, como na velha piadinha, quando voce engatar a segunda você já saiu -- a menos que voce ainda esteja atrás do caminhão). ultrapasse-o em faixa dupla, acelere que nem um filho da puta, pare atrás de uma fileira de carros atrás de um caminhão numa fila dupla eterna, entre em Mairinque, saia de Mairinque (outra). vá ultrapassando um por um até chegar no caminhão, chegue em São Roque, vire tudo a esquerda na placa "Castelo Branco", não ache nenhuma placa, dê uma volta pelos morros da periferia da cidade, saia numa rodovia contente e repare que você está na Raposo Tavares, no sentido contrário. faça o retorno, entre no mesmo buraco que voce entrou anteriormente, ache a placa escondida, siga a estradinha e pegue a Castelo Branco, sentido São Paulo, no km 52.
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outro dia eu tive um sonho revelador: eu morri, e fui pro outro lado. mas ele era tão revelador, mas tão revelador, que eu não entendi. acho que era pra ser assim mesmo. mas eu conto pra voces, ainda assim.

bom, eu tinha morrido. e daí fui de perua até a vida após a morte (provavelmente porque, de acordo com o Grim Fandango, o caminho pelo meio das selvas e submundos é sempre o mesmo mas, de acordo com o que voce faz na vida, voce pode ganhar um bilhete de trem-bala, um carro esporte ou a incrível linha Excelsior, que tem a ponta da bengala emborrachada), mas foi uma viagem rápida. cheguei lá e só descobri que o mundo era o mesmo que o nosso - talvez até o mesmo fisicamente, mas numa outra dimensão - mas com a diferença que não envelhecíamos, e sim rejuvenecíamos(!).

a partir daí, podemos tirar conclusões satisfatórias sobre tudo: quanto mais velhos ficamos, menos preocupações temos; em um momento oportuno, paramos de fazer sexo simplesmente porque só conseguimos ficar e, depois, não conseguimos nem acertar um sorvete na boca; paramos de conseguir o nosso próprio dinheiro e somos financiados para comprar balas sempre que queremos; as varizes somem, gastamos cada vez menos com laminas de barbear, redescobrimos o quão bonito é sair de casa inteiro em verde limão e o colesterol diminui inversamente proporcional à quantidade de nuggets que voce come (afinal, voce já está morto mesmo). algumas conclusões não pude ter, como "o que acontece quando a ordem cronológica de mortes não é seguida?" ou "qual é o critério para se escolher emprego logo que voce morre, ter mais ou menos idade?", tal qual "os videogames evoluem ou retrocedem?" e, é claro, o principal: "o que acontece depois que voce morre depois de morto?", mas esse eu parei tentando descobrir como um morto morre.

o lado filosófico de analizar esse sonho é que voce descobre que, na verdade, os teus antepassados distantes nunca serviram para nada além de procriação. o que importa mesmo são as pessoas à tua volta, duas gerações pra frente e pra trás, mais ou menos. obviamente, teus pais vão devolver todas aqueles teus esperneios infantis, já que voce vai cuidar deles, coitados, tão pequeninos e infantis. nao te preocupe, no entanto, voce pode revidar nos teus filhos quando eles morrerem (lindo, nao?).

ainda assim, é um sonho revelador, diz aí. espera só pra eu contar o do cara que me sequestrou e traficava caminhões do Pão de Açucar por baixo do oceano.

5:44 PM. [4] comentários

 

 

segunda-feira, janeiro 09, 2006

billy dreams of pavement - nao fiz o meu balanço anual do ano que passou, não fiz promessas de ano novo, não escrevi cartinhas para papai noel. aliás, fiz aniversário mas ele passou tão em branco que eu já nem sei mais se eu realmente queria que ele fosse assim (na verdade eu queria). no fundo, quem não gosta de aniversário? nunca reclamei da data do meu pela ausência das pessoas durante as férias de início do ano, mas achei uma justificativa interessante para não ter gostado do meu esse ano.

a época do ano que eu sempre gostei mais é de setembro até novembro, porque é quando o povo inteiro começa a desacelerar, se preparar para o final do ano, todo mundo vai ficando mais receptivo... tem aquele boom de stress antes das férias, mas isso geralmente cai em dezembro. aliás, dezembro não é tão divertido porque todo mundo lota os shopping centers e o espirito consumista já não me está mais tão presente do que quando criança. daí passa o natal, passa o ano novo e o que voce tem? um ano inteiro para encarar denovo. não que eu não goste de mais tempo para viver, mas é que é cansativo olhar o final do ano lá tão distante pois, invariavelmente, nós vivemos para que o ano acabe, não para que ele comece de novo. por fim, BUM: aniversário de duas décadas.

aliás, detesto agosto, detesto abril, detesto alguns outros meses por aí também. "curiosamente", os meses com menor numero de feriados. não adianta, eu sou mesmo é um latino vagabundo.

no entanto, não tenho mágoas nem ressentimentos nenhum com 2005. pelo contrário, o ano me trouxe, em especial, quatro coisas:

1) Curso Abril, em janeiro. Muita gente bacana e, acima de tudo, descobrir outros caminhos de vida fora do meu comum.
2) IDC Robocon 2005, em agosto. 17 dias no Japão, tudo pago. 'nuff said.
3) Acabar o ciclo básico da Poli e finalmente entrar na Naval. Quero dizer, não só não acabei por causa das dps, como a definição da área só veio no começo desse ano mas, como o que vale nessa porra toda é o simbolismo, que seja esse.
4) Passar de Mecflu. É, meus caros. Na engenharia voce comemora coisas assim.

ainda que, as vezes, sem dar o devido valor necessário ao objetivo e ao esforço necessário, todas valeram demais a pena. ah, também saí muito em 2005... dei mais atenção pra mim (as vezes até demais). bolei e assisti aulas, sempre quando achei que devia. joguei muita sinuca, o que me fez ficar com a idéia de comprar uma mesa para colocar na sala da minha casa. tudo de um jeito que eu acho ter aproveitado o bastante, com apenas uns retoques aqui e ali.

e bora embora, que 2006 tá aí :) tinha mais coisas pra falar, mas deixa pra uma próxima oportunidade. adelante!

4:11 PM. [4] comentários

 

 

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