aceito a condição - um pequeno conto sobre superação e, ao mesmo tempo, querer tudo e não ter nada.
sexto ano de faculdade, e duas coisas por fazer ainda na cabeça antes de sair dela - ganhar uma medalha por um esporte, e publicar um paper. bora proativar por aí, então.
(focaremos na primeira.)
começo do ano, peneira do futcampo. tinha jogado seis meses como lateral no semestre antes de ir a portugal, num período infelizmente cheio de derrotas as quais não merecíamos. este ano, no entanto, o futcampo nem chegou a ser uma escolha e não fui chamado. acontece.
por que não o rugby? por que não o esporte que eu já admirava, e já tinha tentado jogar? nos idos de março, apareci nos treinos, comecei a gostar e deu certo. o grupo era muito bacana, estava disposto a treinar o quanto fosse possível, e a sensação de equipe era algo admirável - fruto do próprio rugby, algo que já tinham me falado mas, efetivamente, só se sente na pele.
foi então que surgiu o nosso primeiro campeonato, e a medalha de prata ficou com um gosto amargo para todo aquele grupo de 30 pessoas. a medalha, que já estava no peito, não valia mais nada. o objetivo era o campeonato mais importante, com o objetivo de abrandar o sangue acumulado nos olhos.
e, inesperadamente, surgiu a proposta do futebol de voltar a treinar com eles. embora minha cabeça e coração já estivessem no rugby, não custaria nada ajuda-los se possível fosse. aliás, os treinos dos dois esportes se intercalavam, então não seria um grande problema manter o treinamento contínuo durante um par de semanas - só ajudaria a preparação física.
futebol e rugby já ocupavam seis dias da minha semana, com grandes possibilidades de jogos no domingo. e eu, no semestre mais importante da faculdade, fazendo TF, tentando me livrar das matérias, e equilibrando esta bola de neve. faltava alguma coisa.
faltava?
sim, faltavam. dois dias na UTI.
(tudo já está bem e de volta ao normal, galera. valeu!)
