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e meio.

sexta-feira, maio 09, 2008

catorze_ let the seasons begin. nåo sei pørque, mås eståndø åqui nå escåndinåviå me deu umå vøntåde imenså de escrever.

primeiro, porque é legal escrever usando todas essas letras que eu nunca mais vou usar na vida, ainda que eu saiba que elas estao erradas. segundo, porque apesar de eu já ter ido para o outro lado do mundo, acho que é a primeira vez que eu chego a um lugar tao diferente.

a começar pelos estereótipos que temos preparados - loiras, tudo é muito caro, alto nivel de qualidade de vida, alta taxa de suicidio, pessoas antisociais, taxa de crescimento negativo, pessoas fluentes em ingles. respondo: muitas loiras; oslo é muito caro, copenhagen é caro, estocolmo é aceitável (para os padrões europeus); qualidade de vida fenomenal; nao vi ninguem se matando; as pessoas são socialmente diferentes; muitos carrinhos de bebê; todos falavam ingles.

além, é claro, de abba, christiania, pippi meias-longas, fiordes, hans christian andersen, bacalhau, vikings, alko shops e navegação.

vi muitos carrinhos de bebe pela rua durante a viagem inteira. isso pode ter sido simplesmente porque peguei um tempo muito bom, e finalmente as familias tiravam suas proles de casa, pelo fato de lisboa ser um mar de colinas e montanhas, porque a escandinavia está pouco a pouco crescendo ou porque eu sou uma pessoa muito desatenta. e, apesar de todos falarem ingles, qualquer uma das tres linguas é ininteligivel ao ser humano normal.

dito isto, oslo é uma cidade que muito me agradou. nao tem nada de turistico, tem poucos elementos historicos e, ainda assim, agradabilissima - quando o tempo é bom e o sol se põe depois das dez da noite, exatamente como eu a vi. domingo até rendeu um bronze na beira dos fiordes, um mergulho no mesmo e posteriormente um spaghetti a carbonara seguido de uma boa balada!

conheci um bom pessoal lá devido aos meus contatos (e de mais alguns outros amigos meus). o gabriele, brotherzaço da italia, detesta oslo, fala que as pessoas não são agradáveis e que o inverno lá é insuportável, tanto de frio como pelo sol que só dura das dez da manhã até as quatro da tarde. e, de uma certa forma, isso tudo é verdade, sem contar para o fato de que uma cerveja lá é estupidamente caro. o que me leva a conclusão de que escandinavia é um lugar bacana no verão, condição na qual pretendo voltar lá em um futuro breve, já que o que eu vi por lá foram fontes com espuma e muita gente brincando com elas; felicidade na cara das pessoas, muitas delas deitadas na grama dos diversos parques (esporte nacional favorito durante periodos mais quentes) e temperatura agradavel, rendendo tres dias de camiseta e chinelo - para felicidade do caiçara aqui.

segui pra copenhagen, na minha opinião uma das cidades mais maravilhosas da europa - concorre, até agora, com edimburgo. a opinião aqui é muito similar, tanto para o contraste inverno-verão como para a sociabilidade das pessoas, dessa vez defendida pelo meu host local, o Stephen, que já havia ficado em casa em Lisboa pelo couchsurfing no começo do ano. as cervejas são mais baratas, mas eles possuem uma liberdade maior em alguns aspectos (pode-se, enfim, beber nas ruas). perde-se em outros: o dinamarques é conhecido pela sua incapacidade de fazer coisas sem programar, caracterizando-os como uns dos povos mais metódicos que já conheci.

de lá, posso concluir tres coisas: eles adoram peruanos que tocam flautinha (podiamos exportar todos eles pra lá!); eles não sabem o que é carnaval (ou pelo menos aquilo que eles alardearam como carnaval está mais para inverno quente all-star park); e apesar de tudo, foi muito engraçado ver um par de amigos sacaneando um cara daquelas barraquinhas de tiro, esperando ele virar para o lado e mirando nas prendas ao invés dos alvos. eles ficaram por ali uns bons trinta minutos...

terminei em estocolmo. ao invés do que todos me disseram, que estocolmo seria uma das cidades mais impressionantes de todo o mundo e tal, foi a mais caidinha da viagem. talvez porque eu pego o pior tempo por lá - nublado e frio os tres dias. ainda assim, a cidade é muito bonita, o fato de ser estruturada em um arquipélago deu-lhe a chance de ser incrivelmente encrustada no meio de bastantes áreas verdes e os preços são os mais acessiveis da região. alem do mais, rendeu o encontro com o Batista (pela segunda vez em uma viagem na europa) e conhecer a Anna, garota letã* que definitivamente salvou nossa passagem pela Suécia.

* mereceu cinco minutos de procura no google.

isso tudo porque eu cheguei de coimbra terça a noite, minha viagem estava marcada para quarta e eu tinha apenas a viagem de ida. nada de hospedagem, nada de voos intermediarios, nada de voo de volta. quase que não fui. fui convencido a ir pela Si, e fico agradecido por isso - são essas viagens que voce faz sem esperar nada que acabam quebrando a sua cara e ficando, mais uma vez, estampadas na história.

3:08 PM.

 

 

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