i had to leave a little girl in Kingston Town i'm just sad. e nao sei se é a faculdade, ou são as poucas companhias em sampa, ou se é o simples fato de que, das 24h de um dia em sampa, eu durmo 7, mais 7 eu tenho aula, 2 horas de almoço, fico ainda mais umas 2h por dia na facul e nas 6h que restam não dá pra fazer nada porque 1) já é de noite, 2) tem sempre um puta trânsito, 3) eu nao tenho uma casa real e 4)São Paulo é gigante e tudo fica a caralhões de quilômetros de distância. e eu juro que não é pessoal com a cidade.
crescer pra que?
[edit] ok. síndrome de segunda que começou no domingo potencializa qualquer tipo de pensamento. continuo na corda bamba, mas novidades vêm por aí. aguardem.
seu all*star azul combina com o meu preto, de cano alto! definitivamente, 2005 vai ser um ano de mudanças. nem que seja de uma casa pra outra, pra outra, pra outra... uma já foi e outras DUAS estão em mente ainda, só por agora. mas o post tem tendências mais sérias que essa.
Lembrei esses dias que numa conversa com o Alex, em Santos - na verdade, eu só confirmo o lugar porque foi na garagem de casa; com quem eu não tenho certeza - e eu afirmei: "i'm a believer". Fui questionado desde quando era assim e justifiquei que não sabia quando, nem por quê, mas eu era assim.
Explico. Quando eu parafraseei a música, quis simplesmente me referir a aquela velha colocação que algumas pessoas sempre fazem sobre bruxas, fantasmas ou extraterrestres: eu não acredito, mas que eles existem, existem. Não foi uma colocação leviana a esse ponto, pois eu tinha outro motivo: dizer que eu acreditava que certas coisas aconteciam porque tinham que acontecer, e havia um motivo para isso. Não fui sempre assim, como voces podem imaginar.
O Alex sempre brigava comigo porque ele dizia que não haviam coincidências e não sei qual era o ponto dele, porque oras bolas, elas simplesmente existem. O fato é eu realmente não sei o que ele queria dizer naquela época - se tudo tinha uma explicação, ou sei lá o que. Acredito que algumas coisas simplesmente são coincidências, porque se você for dar uma de professore de semiótica e querer dar motivo para tudo, ÓBVIO que voce vai encontrar, afinal, quantas milhões de variáveis temos no mundo? Para cada número que voce pense vai ter alguma loteria, jogo ou roleta que vai ganhar hoje. Mas algumas coisas fazem um sentido tão grande, mas TÃO GRANDE que, oras, não tem como imaginar que não tem o dedo Dele nisso. Sonhar com gente que já faleceu é uma dessas coisas que me arrepiam até a ponta da espinha, porque eu tenho certeza que eles precisam te falar alguma coisa importante e te falam... e faz sentido.
A verdade é que, mesmo eu não sendo assim sempre, sempre achei que algumas coisas faziam sentido e fugiam a nossa explicação. Talvez a primeira vez que eu constatei isso em palavras foi por culpa da Drê, que falava - e falava e falava e ainda fala - que as coisas acontecem quando têm que acontecer. À primeira vista parece apenas egomorfina (lembrete pessoal - eu gosto de inventar neologias com o prefixo ego-) para todos os acontecimentos do mundo, mas, generalizando, não podemos generalizar, existe algo de sincero nessa frase.
Para entrar num aspecto delicado (e sair dele o quanto antes), isso caracteriza um credo, uma fé, uma religião. Eu simplesmente acredito que existe algo maior do que tudo isso e pronto. Recentemente meu pai veio dizer que minha vó estava pedindo que eu fizesse 1a. comunhão, que eu não fiz. E não fiz porque, além de ficar indo por dois anos todo sábado na igreja ter aula, eu simplesmente estava em dúvida por causa de tudo isso. Alguns dizem que o Evangelho de Cristo foi encontrado e nunca revelado porque pregava que a religião católica baseava-se num princípio de fé não-material, ou seja, estava desconectado de imagens, santos, igrejas, padres e outras personificações. Pergunta - se a fé é tão abstrata, mesmo que não seja verdadeiro esse evangelho, porque ela não pode ser simplesmente caracterizada pela fé pessoal? (tenho outros questionamentos, mas eles não são pertinentes.) Eu acredito em Deus. Coisas que eu considero maiores do que esse mundo me dão calafrios, eu respeito e honro. Faço o sinal da cruz. Rezo. Acredito Nele. Essa é a minha crendice.
(Talvez nesse aspecto eu esteja mais próximo do espiritismo do que do catolicismo, mas por enquanto não defino rótulos.)
Enfim. Tudo isso pra dizer que faz um mês, mais ou menos, minha tia fez um almoço de comemoração ao meu primo, que se formou em direito ano passado. Almoço de família, primos, familiares, pessoas relativamente distantes, muitas brigas, comida, enfim, todas aquelas coisas que eu acho tesão pacas. E foi um grupo de amigas da minha tia, que eu conhecia de longa data que, na verdade, ninguém via havia bastante tempo - elas eram aquele tipo de grupo de amigas SuperBonder©, iam para todos os lugares juntas. O grupo não se dissociou, mas elas começaram a ter um pouco menos de contato e uns cinco anos atrás, uma delas teve câncer e desde então lutava com a doença. Batalhadora pra caramba, ela.
E ela foi no almoço. Todos cumprimentavam ela, com aquela força imensa que todos gostariam de passar - e querem. Mas, admito, sua imagem era muito impactante. Ela estava bem magra, numa cor bem amarela, careca... não é o tipo de pessoa que você se afasta, mas não é um fenótipo comum. Não assusta mas assusta, kinda weird. Enfim, todos ficaram felizes de vê-la e o almoço foi maravilhoso.
Uma semana depois encontrei meu pai em um almoço, e ele comentou que meu tio não tinha ido porque essa amiga da minha tia havia falecido. Nesses acontecimentos, eu costumo não pensar muito no acontecido e faço o sinal da cruz, "vá com Deus", e ele já engrenou, quase que lendo os pensamentos que eu iria ter dali a alguns minutos: "ah, filho, mas não foi triste... e ela foi se despedir da gente semana passada, não foi?"
Existem palavras que valem mais que mil imagens.
gpf, by billy. |