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e meio.

sábado, junho 05, 2004

just like honey... 3 anos (ou quase) de blog; 10 layouts (incluindo esse, parecido com o do Pablito --- sorry!); 258 posts (com esse); um Billy - depois de muitas histórias, musicas, pensamentos, cabelos, mas apenas um Billy. É como diz o ditado, vivendo e não aprendendo!

Completei ontem sete dias uteis de greve na universidade. Na prática, isso se referem a dias sem circular e sem restaurante universitário (vulgo bandeijão/bandejão/sei lá como se escreve essa porra), uma semana sem laboratório de química e, a partir da proxima semana, nada de aula de cálculo ou física. Isso não agrada nem a mim, nem aos alunos e, acredito eu, nem aos professores porque, mesmo que soe difícil de acreditar, a greve não é boa para ninguém.

O fato é que realmente existe um impasse financeiro em toda essa história e, por onde quer que voce analize os fatos, quem necessita dessa rede de empregos e ensino pode concluir que o problema é a visão do governador sobre o papel do ensino público. Não que eu não considere o Alckmin um bom candidato, mas somente a partir do momento em que você realmente começa a sentir na pele as atitudes de um governo é que você pode analizar um candidato eleito. Afinal, quando voce se vê chegando próximo ao ápice de uma greve e tem como precedentes uma greve de dois meses, na qual exigencia para se negociar é o retorno de greve e a unica proposta é um reajuste de zero por cento adicionado de dedução dos dias parados e soma tudo isso com o aumento da contribuição dos trabalhadores à previdência (mais deduções), o não-repasse de reajuste por causa da inflação, a entrada da USP Zona Leste na lista de custos da reitoria e, por fim, a proposta de diminuição brusca de arrecadação de ICMS, imposto ao qual o dinheiro que as universidades recebem está atrelado, é que você começa a reparar que alguma coisa está errada. Não vou fazer disso um post muito técnico (mesmo já o tendo feito), mas concluo que greve não é bom, eu não tô gostando mas motivos legítimos existem.

Fora isso, sairam mais notas minhas essa semana e nenhuma dela ainda é próxima de agradável. Mesmo a minha incrível nota de Algelin (que pela primeira vez é maior que a média da classe nas minhas matérias críticas) agradou, com toda a pureza de seus 4,2. Também consegui finalmente ouvir o Acustico do Ira! Já comentei que sou suspeito para falar sobre músicas que ouvi pouco, mas a idéia de Acustico realmente foge das raizes do Ira e isso traz algumas novidades agradáveis, como o single O Girassol, 15 Anos, Tarde Vazia e Poço de Sensibilidade assim como versões das clássicas Envelheço na Cidade e Núcleo Base, por exemplo. Por enquanto, ainda encaro o cd como um B-side mas essa idéia pode mudar a qualquer momento, como sempre...

E como vocês repararam (ou não), o título do blog é, merecidamente, Lost In Translation (no Brasil, Encontros e Desencontros, título fraco quando se analiza a proposta do filme). Fim de semana passado eu tive a oportunidade de conseguir o filme para assistir - o que fiz no inicio da semana, segunda ou terça, não me lembro - e não me arrependi. Não só não me arrependi como tive o prazer de estar diante do que é uma das melhores produções cinematográficas dos últimos tempos - da minha vida, particularmente. Bill Murray e a maravilhosa Scarlett Johansson encaixaram perfeitamente no espírito do filme, manipulado em toda cena, som (destaque para Just Like Honey, do Jesus and Mary Chain) ou movimento por uma necessidade de se encontrarem (ou serem encontrados) numa terra que, em princípio, nada lhes oferece. Mamaozão-com-açucar básico, mas perfeito e num momento mais do que apropriado.

afinal, como o próprio poster do filme diz, "everybody wants to be found" :)

4:47 PM.

 

 

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