segunda-feira, março 22, 2004

we'll roll on with our heads held high! 22 dias depois.

e eu tenho certeza que eu não sei (?!?) se isso é muito ou pouco tempo. por um lado, faz uma eternidade que eu deixei a caiçaralandia "definitivamente" -- viver em Santos parece que faz parte de um passado distante não pelo tempo que já decorreu, mas sim porque eu estou começando a acostumar com uma rotina que inclua São Paulo e, ao mesmo tempo, achando que já faz tempo, faz muito pouco tempo. o semestre é curto e eu já estou próximo de sua metade, it's true, mas o tempo aqui enquanto eu estou na USP passa rápido, believe it or not!

não foi sempre assim. minha primeira semana, em sua total totalidade (foda-se a redundância), foi um saco. A minha crise existencial não está sendo agora, enquanto eu assisto as aulas de Algelin e de Cálculo não entendendo porra nenhuma, mas foi na primeira semana aqui em Sampa, onde eu não fazia idéia do motivo pelo qual, em um mês, tudo tinha mudado e eu estava all-alone. Billy na cidade grande. A segunda-feira (primeiro de março) foi cruel demais, assisti milhões de palestras com o meu pensamento voando, voando... destaque especial para a crueldade do domingo antes do primeiro dia de aula. Isso mata qualquer um.

mas também não seria pra sempre assim. quer dizer, quando chegou sexta (ou melhor, sábado) e eu voltei pra Santos, o clima ainda não era dos melhores. crise existencial no. 2, minha cidade continua existindo, mas sou só eu que não posso estar nela constantemente. shit happens. well, já era tempo de as coisas começarem a se acertar e, desde a segunda semana, as coisas começaram a ficar diferentes.

isso se deve, por um certo lado, ao fato de eu estar em São Paulo mas não ser afetado diretamente por São Paulo. explico. moro perto do campus, então na cidade mesmo o meu tempo é pouco; e o campus é super agradável em comparação direta à vida normal de São Paulo. De uma certa forma, me lembra Santos, não pelo ambiente em si, mas simplesmente ver algo menos ligado àquele estereótipo caótico de São Paulo já me faz lembrar interior...

início da quarta semana >>> terceira semana efetiva de aula. a atual situação é a de que o pior de tudo, como meu pai chegou a comentar once, é de que ruim mesmo é o domingo a noite. depois você acaba tendo tanta coisa pra fazer, se ocupando com algumas coisas que, de alguma forma, quando você repara estás no final da semana. isso pode ser comprovado simplesmente pelo fato de que, vivendo numa rotina casa-usp-casa, na qual você sai geralmente 7:10am de casa e volta umas 6:00pm (quando não às 9:00pm porque o ensaio da bateria vai das cinco às oito e muito da noite, terças e quintas), o tempo acaba passando rápido. encaixando nos buracos de programação você coloca o santo bandeijão de todo dia, passadas na sala para o aluno (a.k.a. sala de computadores); como já citado, o próprio ensaio da rateria, idas ao supermercado, bla bla bla, e até mesmo as fugidas para ver o pessoal daqui de sampa! :)

hoje, por exemplo, fui liberado um pouco mais cedo. três e pouco da tarde eu já estava no olho da rua. a começar pela procura de um espaço na sala para o aluno, cá estou eu, desde então, vendo os links gerais da minha start page virtual e acompanhando a atual localização do circular em tempo real. daqui a pouco vou pra casa, dar uma passada básica no supermercado e depois fazer os exercícios da apostila de PCC e decifrar alguns dos exercícios da lista de Algelin. até lá, eu já vou estar de saco cheio, cansado e dormindo.

simplificando, minha vida mudou completamente. minha rotina é outra. não tenho pc em casa, na verdade não tenho nem telefone em casa. em breve não terei televisão porque, se ela não explodir até a semana santa, o Fernando vai levá-la para o apê novo dele. claro, estou exagerando porque estamos providenciando o telefone e a televisão (o pc ainda há controvérsias!), mas é uma forma de dizer que minha vida mudou. isso exigiu e vai exigir, por um bom tempo, tempo. não é que eu não queira mudar, mas ninguém muda de um dia para o outro. tenho certeza que eu não era o único com crises psicológicas na primeira semana de aula.

e estou aqui, firme e forte. com menos cabelos, é verdade, mas estou aqui. se não tiver que ser, não será - mas não por falta de tentativa minha. logo depois que o Bass soube que eu tinha passado, ele falou que a minha ida ao grupo das pessoas- que- sairam- de- suas- cidades- natais- para- estudar esperava a minha união há algum tempo... e no fundo era verdade. mesmo que seja só para os estudos (ou não). pois, só para completar o refrão do título: "(...) our dreams are up in the sky!".

guigão, bass, strudel e todos aqueles que estudam (ou estudarão) fora do seu habitat natural: let's vamos nessa :D

3:59 PM.

gpf, by billy.